Presidente do Sistema OCB/TO participa de reunião com representantes do MAPA e do Banco Central

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Ricardo Khouri representou o Tocantins e toda a região Norte na ocasião que debateu o Crédito Rural e o Plano Safra 2021/2022

A reunião virtual ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira, 18, e foi pautado o futuro do Sistema Nacional de Crédito Rural e o Plano Safra 21/22. Entre as lideranças cooperativistas estavam a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas e o presidente do Sistema OCB/TO, Ricardo Khouri, que também representou a região Norte do Brasil como membro da diretoria nacional.

A intenção do encontro foi alinhar a perenidade dos programas e das linhas de financiamento de crédito rural que beneficiam os empreendimentos cooperativos voltados ao custeio, giro, comercialização e investimento, conforme explicitado nos diferentes capítulos do Manual de Crédito Rural (MCR), mantendo a arquitetura e as bases para sua adequada aplicação. 

De acordo com Ricardo Khouri a reunião foi bastante produtiva e tanto as cooperativas quanto as coordenações estaduais puderam levar seus posicionamentos. “Existia a princípio o entendimento que o crédito rural seria impactado negativamente, mas ficou bastante evidente que o processo é justamente o contrário, fortalecer o crédito rural e criar mais alternativas para o financiamento da produção”, contou.

Para o líder cooperativista, Márcio Freitas, o crédito rural é um dos principais fatores de produção e condicionantes do sucesso do agro brasileiro nas últimas décadas. “A produção agropecuária brasileira, pela qual as cooperativas respondem por cerca de 50%, se desenvolveu de tal forma que o país passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores e exportadores mundiais. E isso se deve, em muito, a uma política agrícola consistente, que foi capaz de garantir um volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no meio rural”, afirmou. 

Por isso, durante a reunião os representantes do setor disseram que há grande expectativa para que o governo defenda a importância das cooperativas agropecuárias, para o maior protagonismo de pequenos e médios produtores, especialmente no que se refere à agricultura familiar. “As cooperativas permitem o ganho de escala ao produtor, diminuindo as distorções de mercado por grandes conglomerados econômicos e, ainda, transferindo tecnologia no campo”, destaca Márcio Freitas.

Além disso, os representantes também reafirmaram como fundamentais as políticas públicas que reforcem o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional do país, de forma a capilarizar o acesso aos produtores, micro e pequenos negócios tanto no campo quanto na cidade, com taxas e juros menores e melhores condições para milhões de brasileiros. Também afirmaram a confiança na condução das políticas públicas pelo Ministério da Agricultura e Banco Central. 

MODERNIZAÇÃO

Ao final da reunião, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou a relevância do bom relacionamento com o setor produtivo para que o desenvolvimento aconteça sempre. “Estamos sempre abertos a melhorar, modernizar os processos. As cooperativas agropecuárias são importantíssimas e os números de vocês mostram isso. Nossa intenção é modernizar o crédito rural, trazendo menos burocracia e mais agilidade. Eu desconheço uma interatividade tão boa quanto a que temos com o Banco Central e o Ministério da Economia, por isso, vai dar tudo certo”, comentou.

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, destacou a relevância da autonomia da instituição e que isso só fortalece as políticas públicas. “Modernizar é importante e é uma tendência, e por isso estamos buscando mecanismos que possam viabilizar mais recursos ao setor agropecuário, desburocratizando e dando mais autonomia ao mercado”, concluiu.